2022
Um café simples e popular, mas eu gosto dele assim. O medo da falta de memória. De repente, ficou lentificado. O meu sobrinho alfabetizado e a minha sobrinha doutora. O calor do dia de Santo António. O Testículo e o testículo. Dizer “isso custa o quê?!” Ouvir “isso custa o quê?!” O que posso fazer se o preço aumentou 25% desde o início do ano? Os amigos socialistas de Clara Ferreira Alves que vivem no tal bairro sem prisões nem hospitais. Só posso falar mascarado. O Zé Pedro, um herói. Pertencer a um clube com 7 milhões de sócios ou algo mais? Friends, uma série muito bem escrita. Preocupar-me com a saúde de Marco Paulo sabendo que o homem é uma diva. À esquerda da Alameda começa outro mundo. A alegria da dádiva. 1 euro por um romance de Margarida Rebelo Pinto. A pança imensa. A senhora que ficou fora de si com as árvores à frente de casa. Prefiro não saber o que acontece na casa de banho. Os episódios por ouvir dos podcasts acumulam-se. Qual é a lei deste animal? Não havia cheias assim desde os anos 90. Seja para falar bem ou mal, ninguém se cansa de tanto Ronaldo? Virar a cabeça para ler as legendas dos discursos de Zelensky. Tudo se move, tudo sempre na mesma. Os centros culturais não têm a obrigação moral de acolher o espectáculo de João Baião. José Milhazes já era famoso, mas agora é uma popstar. As pessoas não querem falar do que aconteceu “durante a pandemia”. Tanto caos, tão pouco CAOS. Ninguém precisa saber do táxi. O fim do mundo sempre ao virar da esquina. A maioria absoluta, uma série de televisão. Não fotografei a varanda com uma bandeira do Benfica. O Natal é tão pouco e é tanto. Consultar uma bobine em três dias. Serei mesmo um divulgador da História? As análises podem ser perigosas. O Instagram não é a rede mais adequada para trocar ideias. A falta de anestesistas no Hospital Beatriz Ângelo. Rui Ramos a contar como Salazar era bonito e simpático. Novas formas de protesto ameaçam os slogans que rimam do PCP. Deixa-me adiar. Pelo menos Francisco Martins Rodrigues não se julgava um génio num país de idiotas. Todos os partidos em lugares confortáveis. A bolha tornou-se o maior cliché da bolha.
E continuo sem beduínos a quem perguntar se seria Ramadão.