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Personalidades odivelenses (3)

 

Barroso, Susana (1974-). Técnica de informática nas piscinas de Odivelas, Susana Cristina Carvalheira Barroso distinguiu-se na natação adaptada, participando em todas as edições dos Jogos Paralímpicos realizadas entre 1992 e 2004, quando foi porta-estandarte da delegação de Portugal aos Jogos de Atenas, e tornando-se a atleta paralímpica portuguesa mais medalhada. Em 2005, trocou a natação pelo boccia, modalidade na qual estaria presente nos Jogos Paralímpicos de 2012. Além de receber distinções como o Prémio Municipal Beatriz Ângelo (2020), Susana Barroso viu o seu nome ser atribuído ao pavilhão municipal do Casal do Rato.

 

Bragança, D. José de (1720-1801). Filho de D. João V e Paula Teresa da Silva, era o mais novo dos “meninos de Palhavã”, designação atribuída aos três filhos ilegítimos do Magnânimo que, depois da morte do pai, viveram num palácio (a atual embaixada de Espanha) do então arrabalde da capital. D. José estudou no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde se doutorou em Teologia, e assumiu em 1758 o cargo de inquisidor-mor. Contudo, em 1761, devido a um conflito com o marquês de Pombal, foi desterrado juntamente com o seu meio-irmão D. António para o convento do Buçaco, do qual os infantes só sairiam 16 anos depois, quando Pombal deixou o poder.

 

Cabaço, Carlos (1940-2023). Além de funcionário dos TLP, Carlos Alberto Cardoso Cabaço foi dirigente do Ginásio Clube de Odivelas desde a fundação da coletividade, tendo exercido funções como as de presidente e vice-presidente e acompanhado durante mais de 40 anos a vida do clube. Em 2017, recebeu a distinção "Excelência Desportiva", atribuída pela Câmara de Odivelas.

 

Évora, Nelson (1984-). Veio com 5 anos para Odivelas, onde conheceu o treinador João Ganço e começou a praticar atletismo no Odivelas FC. Já no Benfica, especializou-se no triplo salto, disciplina da qual se sagraria campeão mundial em 2007. No ano seguinte, tornou-se em Pequim o quarto português a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Apesar de várias lesões, o saltador seria ainda campeão europeu em pista coberta (2015 e 2017) e ao ar livre (2019). Distinguido em 2009 com uma Medalha Municipal, grau Ouro, Nelson Évora tem visitado várias escolas do concelho para promover o desporto e foi homenageado pela Junta de Odivelas em 2023.

 

Nelson Évora.jpg

(Fonte da imagem: Humberto Fraga)

 

Ferreira, Armando Carlos (1947-2011). Armando Carlos Correia Soares Ferreira nasceu em Angola e estudou nos Pupilos do Exército. Trabalhou durante cerca de 30 anos em Odivelas como técnico de ar condicionado. Foi um dos fundadores do PPM, partido do qual seria secretário-geral (2005) e vice-presidente (2009), e desenvolveu atividade cívica ligada ao cinema e aos Bombeiros Voluntários. Em 2009, foi eleito deputado à Assembleia Municipal de Odivelas, vindo o seu nome a ser atribuído a uma rua da sede do concelho.

 

Ferreira, Fernando (1963-). Advogado e gestor de empresas, foi membro da Assembleia de Freguesia de Odivelas, vereador da Câmara de Loures e, depois da criação do município odivelense, vogal da Comissão Instaladora, vereador, presidente da Odivelcultur e candidato do PSD à presidência da CMO em 2001 e 2005. Desempenhou no Odivelas FC cargos como os de presidente da mesa da assembleia-geral (2002-2006) e presidente-adjunto.

 

Fidalgo, José (1979-). José Manuel Fidalgo Soares é um ator e modelo originário da Pontinha. Estreou-se no teatro em 1998, numa representação do Auto da Cananeia, de Gil Vicente, ocorrida no Mosteiro de Odivelas. Além de participar em numerosas telenovelas e campanhas publicitárias, entrou em filmes como O Fascínio, Linhas de Sangue ou Km 224. Nas autárquicas de 2005, foi mandatário da Juventude da candidatura de Fernando Ferreira (PSD) à presidência da Câmara de Odivelas.

 

Mamede, Ricardo Paes (1974-). Ricardo Nuno Ferreira Paes Mamede fez parte da direção da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Odivelas antes de estudar no Instituto Superior de Economia e Gestão e na Universidade Bocconi, em Itália, onde se doutorou em Economia. É professor desde 1999 no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e preside ao Instituto para as Políticas Públicas e Sociais. Escreveu livros como O Que Fazer com Este País (2015) e A Economia como Desporto de Combate (2016), além de comentar temas económicos para a RTP3 e o jornal Público.

 

Martins, Augusto Pais (1941-2004). Licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra, onde foi dirigente da secção de futebol da Académica, clube abordado no seu livro O Grito das Capas Negras. Fundou em 1971 o Grupo Pedago, dedicado à educação e que incluiria o Externato de Odivelas, os Externatos Pica-Pau e, a partir de 1984, o Instituto Superior de Ciências Educativas (ISCE), o primeiro estabelecimento de ensino superior localizado no atual município odivelense. Augusto Pais Martins foi sócio benemérito do Odivelas FC, clube cuja presidência exerceu em dois períodos (1983-1985 e 1991-1996). Atualmente, o nome de Pais Martins encontra-se numa rua de Odivelas e no Centro Infantil criado pela JFO em parceria com o ISCE.

 

Mota, Leila Marques (1981-). Médica de clínica geral e familiar, trabalhou no centro de saúde de Odivelas. Destacou-se na natação adaptada, obtendo um 7.º lugar nos Jogos Paralímpicos de Pequim (2008). Depois de deixar a competição, foi a primeira mulher a presidir à Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD), com sede no Olival Basto. Recebeu em 2024 um diploma em Medicina Desportiva atribuído pelo Comité Olímpico Internacional.

 

Olaio, Tomás José (1896-1989). Como empresário, destacou-se no desenvolvimento da fábrica dos Móveis Olaio, situada em Sacavém. Em 1960, passou a ser construtor civil, comprando a Quinta do Espírito Santo, em Odivelas, para urbanizar os terrenos. Nas décadas seguintes, mudaria a face de Odivelas ao edificar o chamado Bairro Olaio. Apoiou a fundação do Ginásio Clube de Odivelas, ao qual ofereceu o atual Pavilhão Municipal, localizado na rua com o nome do construtor.

 

Paula, Madre (1701-1768). Paula Teresa da Silva e Almeida foi destinada pelo pai, um ourives de escassos recursos, à vida religiosa, tendo professado em 1718 como freira do Mosteiro de Odivelas, então muito frequentado pela nobreza da corte de D. João V. O rei e Paula iniciaram uma relação amorosa ainda antes de 1720, ano do nascimento do seu filho D. José. D. João V concedeu à amante, que ascendeu à categoria de madre, quantias avultadas e mobiliário de luxo para os aposentos dentro do mosteiro (a chamada “Torre da Madre Paula”, demolida em 1948) onde Paula e uma irmã viviam. As lendas sobre os amores da freira e do monarca circularam ainda no reinado de D. João V e, desde então, em vários livros e numa série televisiva da autoria de Patrícia Müller.

 

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Rodrigues, José Lourenço (1934-2019). José Lourenço Rodrigues ("Mano Zé") nasceu no concelho de Mértola, instalou-se na Pontinha em 1954 e foi dirigente do CER Tenente Valdez e do Grupo de Atletismo da Pontinha. Aos 50 anos, começou a competir em provas de atletismo, tornando-se pentacampeão do concelho de Loures no escalão de veteranos. Homenageado várias vezes pelo Tenente Valdez, recebeu postumamente em 2021 a Medalha Municipal de Dedicação Pública, grau Bronze.

 

Santos, Helena. Maria Helena Santos de Almeida começou muito nova a cantar, atuando em festas do Grupo Recreativo dos Pombais. Depois de lançar em 1972 o seu primeiro single, a "miúda de Odivelas", como ficou conhecida, gravou vários discos de fados, marchas, pasodobles e outros géneros musicais. Com Marina Mota e Maria de Fátima, participou no álbum coletivo Juventude do Fado. Afastou-se da música aos 21 anos, vivendo atualmente em Londres.